sexta-feira, novembro 02, 2007

O Vento no Fundo do Mar

- Versos de uma alma derretida, perdida por Brasília.

Entra-se caçando o ar em movimento
vulgo vento
O calor, não se sabe se vem de fora,
dentro,
do tijolo ou do cimento,
do ardor do sentimento.
É calor mas não é tropical
de Carmen Mirana, biquíni e fio-dental.
É calor de deserto:
que agaça, que te caça, e
tua pele abraça,
tua alma cansa,
e te faz entrar na dança
de uma molhada lambança
que traz à lembrança mate limão e
biscoito globo;
areia ardente e mar gelado,
as morenas e os mulatos,
que com seus corpos dourados,
mergulham fora do sol, do abafado;
e ao inspirar do meu ar,
roubam o vento
e o levam
pro fundo do mar.

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