terça-feira, junho 30, 2009

por Chico Buarque

"Se acaso me quiseres, sou dessas mulheres que só dizem sim. Por uma coisa à toa, uma noitada boa, um cinema, um botequim.

E, se tiveres renda, aceito uma prenda. Qualquer coisa assim. Como uma pedra falsa, um sonho de valsa ou um corte de cetim."

segunda-feira, junho 29, 2009

Coragem

Um dia eu juro:

Vou ter coragem de falar tudo o que sinto,
sem papas na língua,
sem travas na mente.

Vou ter coragem imediatamente,
sem treinar formas de dizer,
nem forjar formas de sentir.

E vai ser muito bom,
não ter que depender da telepatia alheia,
e não ter medo de existir.

Vou ter coragem de viver,
de ser eu e não quem era pr'eu ser,
e quem nunca consegui me tornar.

Vou ter, eu juro, coragem de amar.

quinta-feira, junho 25, 2009

pra salvar da loucura do fim de semestre,
só um louco frio na barriga.

Parlamentares aprovam passe livre estudantil no DF


















Deputados distritais votaram
por unanimidade nessa terça-feira, 23 de junho, a favor da proposta que garante transporte gratuito aos estudantes do Distrito Federal

O meu dinheiro não é capim, eu pulo a catraca sim” e “Boi, boi, boi, boi da cara preta, se não der o passe livre a gente quebra a roleta!” foram os gritos de guerra que receberam os deputados distritais na sessão ordinária da Câmara Legislativa do DF (CLDF). Estudantes de várias escolas do DF se organizaram e levaram representantes de seus grêmios para garantir a votação do passe livre estudantil.

“Eu tenho que pagar seis reais todo dia para ir e voltar da minha escola, e ainda por cima a gente não recebe nem merenda lá. Isso é um absurdo. Tá na lei que todo mundo tem o direito à educação, então porque é que eu tenho que pagar pra estudar?!” critica a estudante Natália Shueny, do Centro de Ensino Médio 02 do Gama.

A reclamação de Natália é a mesma de Caio Sousa, estudante do Centro de Ensino Médio 04 de Ceilândia: “É muito fácil pra esses políticos ficarem parados, sem fazerem nada. Os filhos deles moram todos no plano e têm carro com motorista pra irem à escola e ao cinema nos fins-de-semana. Enquanto isso a gente fica em casa, sem ter dinheiro pra sair.”

Com 16 deputados presentes e mais de 200 estudantes na galeria, a CLDF aprovou o projeto que garante passe livre a todos os estudantes do DF. A proposta feita pelo GDF havia sido discutida em audiência pública há duas semanas, e sofreu importantes modificações antes de ser aprovado nessa terça-feira, 23 de junho. Foram incluídas mais categorias estudantis, além de deficientes físicos e 16 passes extras mensais, para atividades culturais e esportivas, entre outras. A emissão do benefício será regulada pelo GDF, e os beneficiários deverão ser expostos em portal da internet para garantir transparência ao processo.

Para a deputada Érika Kokay (PT – DF) esse foi apenas o primeiro passo. “É como o representante do Movimento Passe Livre falou na audiência: nós temos que trabalhar para conseguir um transporte público, e não apenas coletivo como o que temos hoje. Um transporte público deve ser completamente gratuito, para todas e para todos. Que nem as escolas e os hospitais públicos, por exemplo. De qualquer forma essa foi uma conquista, não só para o movimento estudantil, mas para a sociedade inteira”, garante.

O estudante Paíque Lima, do Movimento Passe Livre, questiona também a manutenção do preço da passagem tradicional. “Sem dúvida nenhuma a aprovação do passe livre é fruto de uma luta social de anos e anos, mas não podemos ser ingênuos e achar que não tem nenhum interesse por trás dela. A proposta do GDF está dentro de um acordo que favorece os empresários. Atualmente, o estudante paga apenas um terço da passagem de ônibus, e os outros dois terços são bancados pelos outros passageiros, no preço total das passagens. No projeto aprovado, o GDF passa a pagar 100% da passagem do estudante, então aqueles dois terços que estavam adicionados à passagem tradicional deveriam ser descontados. Ou seja, se fosse uma proposta visando melhorar a qualidade de vida da sociedade, não teríamos só o passe livre estudantil, mas também passagens mais baratas para todo mundo” defende Paíque.

O projeto aprovado pela CLDF ainda deve ser sancionado pelo governador José Arruda e regulamentado por uma comissão de estudantes, parlamentares e membros do Executivo. Mas ao que tudo indica, já no segundo semestre de 2009 os estudantes poderão usufruir gratuitamente do transporte (agora um pouco mais) público do DF.

segunda-feira, junho 22, 2009

domingo, junho 21, 2009

Vinha andando pelas ruas, quando de repente - ou mais que de repente - pensou: e se viesse voando, que bom seria?

terça-feira, junho 16, 2009

Bumerangue

Alguém me explica porque, freud, esse tal bumerangue emocional funciona tão bem?!

sábado, junho 13, 2009

saliva doce

"Pele macia
Ai! carne de cajú
Saliva dôce
Dôce mel
Mel de uruçú..."

quarta-feira, junho 10, 2009

Reitor assina termo de compromisso e ocupação continua

Em reunião hoje de manhã, o reitor da UnB José Geraldo de Sousa Jr. e a decana de assuntos comunitários Rachel Nunes se comprometeram a rever a política de bolsas-permanência, além dos sistemas de transporte e segurança locais

O termo de compromisso de seis páginas prevê, entre outras coisas, a contratação de 390 profissionais para melhorar a segurança nos campi, um aumento de aproximadamente 70% no número de funcionários.

Também foi prometida a modificação das bolsas-permanência. A proposta era de que elas fossem equivalentes a um salário mínimo, com a condição de que os estudantes mantivessem algum vínculo com projetos de pesquisa ou extensão. Os manifestantes reivindicaram que essa condição se aplicasse apenas a partir do terceiro semestre, para que os estudantes pudessem aproveitar o primeiro ano conhecendo e se adaptando à universidade.

Após a reunião com a reitoria os estudantes analisaram as propostas e decidiram, por nove votos a favor, dois contra e sete abstenções, permanecer ocupados até a Assembléia Geral dos Estudantes, marcada para quarta-feira, 17 de junho, ao meio-dia. Assistência estudantil e recredenciamento da Finatec são os pontos de pauta previstos para a assembléia.

"A questão central dessa ocupação é a mudança na política de assistência estudantil do decanato e isso não foi discutido com o reitor. Podemos renegociar a saída da decana, mas é fundamental que a postura da reitoria quanto à esse tema seja profundamente revista" explicou o estudante de Letras, Diogo Ramalho, "para isso vamos deixar que a assembléia decida os rumos da ocupação".

Questionado sobre um possível esvaziamento do ato com a chegada do feriado, Diogo respondeu: "Realmente muita gente vai viajar, mas nós vamos realizar atividades culturais e debates para estimular a participação do pessoal."

terça-feira, junho 09, 2009

Estudantes reocupam reitoria da UnB

Após ato pela assistência estudantil, manifestantes decidem ocupar a reitoria até a saída da decana de assuntos comunitários, Rachel Nunes

Aproximadamente 40 estudantes estão agora no Salão de Atos da reitoria decidindo os próximos passos da ocupação, que começou ontem, segunda-feira, às 14h. O reitor José Geraldo de Sousa Jr. disse hoje, em reunião com os manifestantes, que não ia negociar enquanto fosse reivindicada a saída da reitora Rachel Nunes.

“Essa postura intransigente revela um descaso com os estudantes que o elegeram, um descaso com a assistência estudantil” critica Thiago Rodrigo de Oliveira, estudante de filosofia e representante da Associação de Moradores da Casa do Estudante Universitário (AMCEU), “nós já fizemos uma ocupação de um dia no início do semestre, quando cortaram a internet da CEU, participamos inúmeras reuniões e audiências com a reitoria, mas até agora não houve uma resposta satisfatória”.


Para o reitor, os estudantes estariam “exercitando o método que aprenderam recentemente como forma de afirmar suas posições, e hoje fizeram da ocupação uma condição para construir uma pauta”. Apesar de reconhecer o caráter legítimo da manifestação, o reitor se mostrou contrário à pauta reivindicada: “eles colocaram como primeiro ponto de pauta a saída da decana, e na verdade eu queria discutir as questões que geraram a mobilização, qual a dimensão cidadã da pauta colocada”, explica José Geraldo.


Dentre as reivindicações dos estudantes estão a saída da decana de assuntos comunitários, a modificação da “bolsa permanência” com a retirada dos vínculos trabalhistas, a instalação de um sistema de transporte entre os quatro campi, assistência médica integral para os alunos de baixa renda, negociação e implementação de um plano de segurança para os campi, reformulação das normas de convivência da CEU e negociação interna dos processos de desocupação da CEU. Leia a pauta detalhada dos estudantes.


Representantes do Diretório Central dos Estudantes estão negociando no gabinete do reitor para reabrir o diálogo com os manifestantes.

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Leia mais sobre a casa do estudante: Dilemas da construção da nova Casa do Estudante