Desde a morte de Heath Ledger - tristemente decifrada na televisão de um Mc Donalds romeno - poucas coisas me afetaram tanto. Passei batida por escândalos da Viradouro, da Mangueira e até mesmo pela revelação feita pela ONU de que o tabaco é a causa de 10% das mortes adultas. Mas dessa vez, não me contive.
Todo mundo já se apaixonou por uma música. Meninas flor-do-campo, então, nem se fala. Com a Carla Bruni, foi algo assim. Ela tava lá, com aquela voz meio rouca, a cantarolar e runrunar sobre "nos chagrins et nos amours"... e eu caí.
Depois você procura conhecer melhor aquela pessoa que ocupa lugar de honra no som - ainda não roubado - do seu carro. E qual minha surpresa ao encontrar nela ideais dignos de uma esquerda solidária e consciente. Fazia propaganda para minhas alunas, ávidas por boas coisas da língua francesa! Junto a Amélie, Les Choristes e Kyo, Carla era minha marca registrada. Ah, era bom demais! Bom demais para ser verdade.
Minha mãe ainda tentou se servir de eufemismos: o gato subiu no muro, o gato vai pular, o gato foi dessa pruma me..... meeeu deus do céu! Casaram! Foi um choque. De beijocas e flashes na Disney, a italianinha passou à Primeira Dama da França. E ao lado de quem? Daquele-cujo-nome-não-deve-ser-pronunciado.
Não se fazem mais ídolos como antigamente.
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