Frio. O braço faz bolinhas de arrepio.
Lá fora nasce o sol. Ele vai aparecendo, como quem não quer nada, através da persiana escangalhada.
Garganta arde. Cospe e engole o catarro seco, que dói.
Coça os olhos. Maldita lente. Soro acabou e faz três dias que não troca. Precisa de olhos novos.
Computador brilha. Conversas piscam. Vai. Vem. Nem vem que não tem. Borbulhos. Oi. Tudo bem? Tudo bom, e com você? Tudo bom. Que bom. É, é bom. É aqui que a gente diz tchau, até nunca mais? Também não é pra tanto. Ah, diz que é.. ou é ou não é, que não gosto desse negócio de meios atés.. Ah é? Uhum. Então tá. Tá o quê? Tá, ué. Tá até? Tá à toa? Tô na tua.
Ai, tá na minha. Brabuletas e mais bolinhas. Tô com sono. Tá na hora. Vai embora. Vou simbora.
Vim-me embora.
Embora lá fora esteja o mar.
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