Quando as coisas chegam ao fim, principalmente os relacionamentos, existem dois caminhos a seguir. Ou você decide colocar um ponto final, ou você escolhe continuar tentando. O que não dá é pra não colocar um ponto final e também não tentar de fato. É claro que o "talvez" é mais confortável que o "não". Mas ele é muito doloroso. E está bem distante do "sim".
Na verdade, ouso dizer que na maioria das vezes o "talvez" só mascara um "não" amedrontado. Por que o "sim" não se esconde. O "sim" quer gritar pro mundo todo e se anunciar aos quatro ventos. O "sim"... ah, o "sim" não tem medo.
E então, quando depois de tentar você chega à já esperada - ainda que triste - conclusão, de que realmente não vale mais a pena esperar e tentar... que isso machuca mais do que traz felicidade e realizações; que apesar de você achar que "tem tudo pra dar certo", só vai dar errado! Aí você decide colocar o temido ponto final. O problema do ponto final é que ele realmente é final. Não é uma vírgula, uma pausa, uma espera de que os comerciais cheguem ao fim, e de que alguma hora a história vá continuar. Não.
Mas é normal que assuste a ideia de que cedo ou tarde (e de preferência, pra sua sanidade mental, bem cedo) você não vai mais querer que dê certo. De que tudo que vai sobrar é a nostalgia de uma vontade do futuro que nunca chegou. Só que você realmente tem que parar de querer. Não é nem um parar de gostar... porque o gostar não é algo controlável. Já o querer, é. Você escolhe o que quer. E alguém bem sábio me disse que a gente é as escolhas que a gente faz.
Então, por mais que não seja tão racional e instântaneo quanto gostaríamos que fosse, uma hora sem perceber, você percebe que parou de querer. Que passou a buscar outra coisa. Não necessariamente outro alguém, mas sim outras sensações. Sensações de abertura para o mundo, de abertura para si. E aí... aí a gente descobre a delícia de se querer. De se querer bem.
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