Uma vez ela ganhou dois casacos.
O verde, para os dias de moleca, menina-moça. Que combina com os olhos da grama de depois do almoço, com chimarrão e beijinhos. Com as flores de algodão, para enfeitar o cabelo, cuidadosamente trançado pela mãe com acessos de carinho.
E o preto, para as noites da menina-mulher, com olhar de estrelas, cometas e explosões de sentimentos e sensações, guardados no lado esquerdo da pupila. Olhar quase escondido pelo rímel de anteontem e pelas lágrimas de amanhã.
Foi quando ela descobriu a maravilha e a dor de ser infinitas em uma. Desconhecida do mundo, e por vezes até dela mesma.
Um comentário:
sim, acho que és assim mesmo. =)
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