Pior que a mediocridade alheia, só a própria.
Na falta de talento,
fica o vazio das palavras soltas, bobas e bobagens.
Fica um pouco de mim, que perde as estribeiras,
na falta de eiras ou beiras.
E o ciclano que disse "fazer versinho é fácil, poesia só pra poucos".
Por isso fico com a prosa,
guardada a sete chaves,
que é pra mó de ninguém ver,
que nada se tem para ler.
E é assim que rimo,
com rímel de atriz pornô de filme francês anos 50.
Que escorre pelas macãs do rosto,
com lágrimas e calor da cena despudorada,
ao perceber que lá vai, vai lá, com meias palavras mal contadas.
Mal vividas, mal amada.
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