Sempre tive minhas dúvidas com a linguagem inclusiva. Se o melhor é o arroba, o xis ou a ênfase nas duas palavras. Seja qual for o melhor método, cada vez mais me convenço de que ela é necessária.
Li recentemente o "Conto da Ilha Desconhecida", do Saramago, e teve um diálogo que me marcou infinitamente... a "mulher da limpeza" diz assim, ao "homem que queria um barco":
"... o filósofo do rei, quando não tinha que fazer, ia sentar-se ao pé de mim, a ver-me passajar as peúgas dos pajens, e às vezes dava-lhe para filosofar, dizia que todo homem é uma ilha, eu, como aquilo não era comigo, visto que sou mulher, não lhe dava importância."
No fim, acho que é assim que nós, mulheres, sentimos às vezes, né?