quinta-feira, setembro 02, 2010

POEMA COMUM

Por Graça Vilhena, piauiense

"A moça do sim entrou no bar
olhou em volta, o coração em flor
enfeitava-lhe os cabelos
cuspiu semente de noites pelos olhos
e preparou a boca ardentemente
para os beijos mudos.

Desapareceu na noite
gargalhou a madrugada
e voltou sozinha na manhã

Tentou encarar seu destino
no ralo da pia
mas o peso da lágrima
foi mais forte
transfigurada
recolheu o coração
murcho de engano
fugiu no sono
e sonhou que vivia."


 às vezes acho que não nasci para a realidade.