"E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente nem vive
Transformar o tédio em melodia...
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno anti-monotonia...
E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio
O mel e a ferida
E o corpo inteiro feito um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente, não
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria..."
E essa novidade que insiste em vestir a roupa de rotina, e dar uma de bicho papão pra cima da gente. No seu saco, ao invés de prender levadas criancinhas, carrega o peso de nosso desânimo e descrença. E ainda dá o ar da graça em nossos ouvidos: mais um dia se passou, nada aconteceu.
Devia ser deveras mais fácil acordar todos os dias em tempos revolucionários - ou até mesmo de guerra - e ter algo em quê acreditar. Uma causa pela qual lutar.. algo diferente dessa coisa enlatada, preparada: Chê guevara no botton, Chico nas maiores gravadoras, e o amor da sua vida só a te esperar no Bate-Papo da UOL.
Somos livres pra tudo, e descobrimos não querer nada.
O que há de faltar?
Falta graça no trabalho, no estudo, nos amigos, nas conversas, nos debates, nas coisas. Falta um veneno anti-monotonia, um beijo com gosto de café, uma revolução com gosto de sonho, um dia com jeitinho de quero mais.
Falta parar de tentar as palavras certas, pras horas em que o silêncio é tudo o que deveria ser dito.
quinta-feira, maio 31, 2007
Algum veneno anti-monotonia?
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Pra mó de prosear
sexta-feira, maio 25, 2007
Comedida.
O que chama mais atenção, o grito ou o calar?
Quero crer que nunca soube comedir o barulho e sua falta.
Eu e minha paradoxal extroversão, regada de uma baita introspecção.
É.
É?
"..."
Quero crer que nunca soube comedir o barulho e sua falta.
Eu e minha paradoxal extroversão, regada de uma baita introspecção.
É.
É?
"..."
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Versificando
quinta-feira, maio 24, 2007
Jardim de flores amarelas.
A rotina sempra acaba por adentrar nossos dias, aquilo que há um minuto era um sonho, neste já é mais do mesmo.
Você dirige buscando coisas, cogitando pular do carro e ir nadar no céu que veio no lugar do mar. Anda buscando vida, sorrindo para pessoas, esperando que em meio à frieza já tão quotidiana alguém seja espontâneo e, irreverente, desrespeite a ordem do arquiteto. Traga à tona todo o caos sentido, que todos fingem acreditar camuflado.
Até que você tropeça, e nas crianças descobre uma casinha, com jardim de flores amarelas e felicidade. Felicidade de quem ainda não aprendeu as artimanhas do mundo ordenado, protocolado, e ... insosso.
Você dirige buscando coisas, cogitando pular do carro e ir nadar no céu que veio no lugar do mar. Anda buscando vida, sorrindo para pessoas, esperando que em meio à frieza já tão quotidiana alguém seja espontâneo e, irreverente, desrespeite a ordem do arquiteto. Traga à tona todo o caos sentido, que todos fingem acreditar camuflado.
Até que você tropeça, e nas crianças descobre uma casinha, com jardim de flores amarelas e felicidade. Felicidade de quem ainda não aprendeu as artimanhas do mundo ordenado, protocolado, e ... insosso.
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